terça-feira, 11 de agosto de 2009

JUÍZA ACEITA PROVIDÊNCIA CONTRA CICLOVIA


00h30m
in "JN"

A providência cautelar da Junta de Carnide, em Lisboa, contra a forma como está a ser construída a ciclovia na freguesia foi aceite, mas a juíza deu dez dias à Câmara para se pronunciar, disse, à agência Lusa, o advogado da Junta.
Segundo Mouro Pereira, a providência cautelar foi aceite, mas não nos termos exactos que a Junta defendia, uma vez que "a juíza entendeu citar a Câmara e dar dez dias para que ela se pronuncie, para depois tomar a decisão".
Desta forma, a Junta não conseguiu suspender de imediato as obras da ciclovia e repor quatro faixas de rodagem na Avenida Colégio Militar, tal como pretendia.
Contactado pela Lusa, o presidente da Junta de Freguesia, Paulo Quaresma, disse que aguarda a decisão final da juíza e afirmou que, se não conseguir o pretendido com a providência cautelar, terá de ouvir a população para decidir que medidas tomar a seguir.
"Ainda hoje reuni com o vereador Sá Fernandes e voltei a questionar a forma como tudo isto foi feito. O vereador diz que informou a população, mas não informou ninguém. Foram colocados uns 50 folhetos na junta, não foi distribuída pela população qualquer outra informação", afirmou.
"O vereador diz que mandou fazer 2500 folhetos para distribuir pela população e, por isso, disse que ia averiguar o que aconteceu com os restantes", acrescentou.
O autarca voltou a frisar a ausência de estudos de tráfego que analisem o impacto destas medidas no trânsito e que suportem a decisão da autarquia de reduzir de quatro para duas as faixas de rodagem na Av. Colégio Militar e disse ter confirmado a informação com Sá Fernandes.
"O vereador diz que não é preciso qualquer estudo, mas as coisas não se fazem assim de boca. Voltou a dizer que era uma obra que ia ao encontro das reivindicações da Junta de Carnide quanto à falta de estacionamento e de árvores, mas esqueceu-se de discutir connosco a forma como tudo isto ia ser feito", afirmou.
Paulo Quaresma sublinhou ainda que só depois de as obras começarem é que foi colocada uma placa a identificar a obra e o empreiteiro.
Em declarações à agência Lusa, a semana passada, Sá Fernandes, afirmou que o projecto da mobilidade suave foi analisado com as várias freguesias e rejeitou que a obra vá trazer problemas de trânsito para a zona.
"Se as pessoas querem mais estacionamento, mais árvores e a ciclovia não há outra forma de o fazer senão da forma como está a ser feito", afirmou.

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