Não acredito que somos os piores em tudo; acredito numa profunda revolução estrutural, social e do tecido económico, com uma sociedade civil mais participativa e interessada nos problemas nacionais e de cidadania, apostando na diversidade da indústria nacional, que não exclusivamente na construção civil medíocre, na hotelaria, restauração e similares que, é como quem diz, no pato bravo e na tasca.
Não acredito na teoria da conspiração mas, como dizem os outros, que até parece que há, lá isso parece!
É evidente que, em grande parte, a culpa do estado deste Estado, é nossa; não temos massa cinzenta, exclusivamente destinada, para pensar nas consequências dos actos e das opções tomadas; que apresentem das razões e das respectivas consequências, aos decisores políticos. A verdade é que, tudo o que vem em ajuda pecuniária, vai e pago com juros, porque nós em Portugal, não produzimos absolutamente nada que acrescente uma verdadeira mais valia á matéria-prima, nem ao processo de transformação.
Destruímos, ou deixámos que nos destruíssem, tudo aquilo em que podíamos ser excelentes: Foi a LISNAVE e a SETNAVE na indústria naval, com o desmantelamento dos grandes estaleiros da Margueira, a Sorefame na construção de carroçarias, a UMM nos Todo-o-Terreno, as cablagens dos Cabos d'Ávila, as motos da Casal, calçado, mobiliário, texteis e por aí fora. Posteriormente, conseguiram pensar numa solução brilhante para nos venderem os seus produtos:
Inventaram os "fundos comunitários", onde nos "dão", a fundo perdido, uma percentagem que pode ir, na maioria das vezes, até aos 70%. Os restantes 30%, são suportados pelo Estado português, que se endivida para os pagar. Como já não produzimos nada, o dinheiro emprestado retorna á sua origem, com mais 30%, para comprarmos tudo aquilo que a nossa vaidade e as nossas necessidades (poucas), nos obrigam a ter... Ah, já me esquecia; e auto-estradas, para os TIR's trazerem os produtos.
Um grande negócio este que nos arranjaram!
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