segunda-feira, 10 de maio de 2010

DAVID MARES LEVA A XANGAI ABRIGO DE CORTIÇA




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«O arquitecto português David Mares afirmou que o facto de estar presente na Expo 2010, em Xangai, com o projecto vencedor de um concurso do Museu Guggenheim “é uma oportunidade para levar a arquitetura portuguesa ao Extremo Oriente”.

“É uma oportunidade única, é uma forma de levar a arquitectura portuguesa e um material português que é a cortiça, a milhares e pessoas”, disse à Lusa David Mares, convidado pela Parque Expo a levar à China o projecto vencedor de um Prémio do Público num concurso internacional do Museu Guggenheim, de Nova Iorque.

O arquitecto português venceu o concurso com um abrigo concebido para funcionar como um local de estudo e de descanso na zona de Vale de Barris, em Palmela, que apresenta grandes variações térmicas.

David Mares escolheu a cortiça para dar resposta às exigências do concurso, uma vez que se trata de um material que “responde às exigências climatéricas do local escolhido para ‘construir’ o abrigo”.

“A cortiça no meu projecto surgiu como uma resposta ao programa que tinha sido feito para o concurso: ter um local de estudo e descanso, um abrigo para alguém que tivesse de passar uma noite num local qualquer do globo”, disse.

“Eu escolhi o Vale de Barris (Palmela), com um microclima que vai de um calor seco a um frio húmido. Eu tinha que combater esses factores atmosféricos de qualquer forma. A cortiça é (foi) uma escolha inteligente, porque é ecológica e responde a tudo isso”, justificou o jovem arquitecto português.

O concurso promovido pelo Museu Guggenheim foi apenas conceptual, mas o projecto idealizado por David Mares vai estar representado na Expo Xangai através de uma maqueta construída à escala de 1:2 (metade do objecto real), que poderá ser observada por milhares de visitantes.

fonte texto: jornal construir

Imagens cedidas pelo arquito david mares.

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-Este projecto está de parabéns; David Mares está de parabéns e por tabela, Portugal está de parabéns.
Mas também está de parabéns o Museu Guggenheim e o concurso que promoveu. É que nós por cá, não estamos habituados a pensar em concursos onde; o vencedor seja um jovem desconhecido, pertencente a um pequeno país sem força económica no contexto internacional; o eleito o seja exclusivamente pelo seu mérito profissional.
Quer isto dizer que temos aqui um caso exclusivamente de mérito e de profissionalismo e é isso que, nos países desenvolvidos, se premeia.
Luís Marques da Silva

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