«O presidente da Câmara de Lisboa dá corpo às preocupações das autarquias metropolitanas. Admite uma "revisão do calendário", mas exige ao Governo uma "audiência urgente", para "desfazer equívocos".
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Paulo Paixão (www.expresso.pt)
23:56 Segunda-feira, 10 de Maio de 2010
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"Há um equívoco que é preciso desfazer: a terceira travessia do Tejo não é um projecto autónomo em relação ao TGV ou ao novo aeroporto; a ligação ferroviária através da nova ponte é uma condição essencial tanto para o novo aeroporto como para o TGV", afirmou ao Expresso o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.
Horas antes, na manhã de segunda-feira, a Junta Metropolitana de Lisboa solicitou ao Governo uma "audiência urgente" para discutir a terceira travessia do Tejo. O pedido surgiu na sequência do recuo do Executivo em relação à nova ponte (e também ao aeroporto de Alcochete).
"É necessário esclarecer o que está em causa com o adiamento", afirma Costa. "Compreendemos que a actual situação financeira possa implicar uma revisão do calendário. Mas não é concebível que por razões conjunturais se comprometa uma estratégia pensada e estruturada", acrescenta.
A posição dos autarcas da área metropolitana foi manifestada durante uma reunião em que deveriam apreciar a proposta final do respectivo plano regional de ordenamento do território (PROTAML). Um documento que é em grande parte dimensionado pela existência da terceira travessia e do aeroporto. "Como se vai discutir o PROTAML sem esses dados?", questiona Costa.
Costa destaca relatório do LNEC
Com o congelamento da ponte, por onde passará o TGV, e perante a assinatura, no passado sábado, do contrato para o troço Poceirão-Caia, que fará a ligação a Espanha, o autarca afirma: "Não há um TGV Poceirão-Madrid; ou há um TGV Lisboa-Madrid, ou não há TGV. Por isso, é necessária nova travessia do Tejo".
Costa lembra que a obrigatoriedade da nova ponte foi diagnosticada pelo LNEC, no relatório em que defende o aeroporto em Alcochete.
Um ponto em que o autarca não faz finca-pé é a questão dos modos ferroviário e rodoviário na ponte. "Nunca reivindiquei a ligação rodoviária. Mas também nunca me opus a ela. Por solidariedade metropolitana compreendo a posição de outros autarcas que a querem", afirma António Costa.
Insistindo sempre na necessidade do TGV chegar à capital (o que passa sempre por uma nova ponte), Costa considera "sem sentido" algumas hipóteses alternativas entretanto atiradas para a discussão. É o caso de um tabuleiro ferroviário na ponte Vasco da Gama ou ligações suburbanas até ao Pinhal Novo, que depois chegariam ao Poceirão.»
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-Eu também queria muita coisa sr presidente, mas tenho que me singir ás minhas possibilidades...
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Paulo Paixão (www.expresso.pt)
23:56 Segunda-feira, 10 de Maio de 2010
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"Há um equívoco que é preciso desfazer: a terceira travessia do Tejo não é um projecto autónomo em relação ao TGV ou ao novo aeroporto; a ligação ferroviária através da nova ponte é uma condição essencial tanto para o novo aeroporto como para o TGV", afirmou ao Expresso o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.
Horas antes, na manhã de segunda-feira, a Junta Metropolitana de Lisboa solicitou ao Governo uma "audiência urgente" para discutir a terceira travessia do Tejo. O pedido surgiu na sequência do recuo do Executivo em relação à nova ponte (e também ao aeroporto de Alcochete).
"É necessário esclarecer o que está em causa com o adiamento", afirma Costa. "Compreendemos que a actual situação financeira possa implicar uma revisão do calendário. Mas não é concebível que por razões conjunturais se comprometa uma estratégia pensada e estruturada", acrescenta.
A posição dos autarcas da área metropolitana foi manifestada durante uma reunião em que deveriam apreciar a proposta final do respectivo plano regional de ordenamento do território (PROTAML). Um documento que é em grande parte dimensionado pela existência da terceira travessia e do aeroporto. "Como se vai discutir o PROTAML sem esses dados?", questiona Costa.
Costa destaca relatório do LNEC
Com o congelamento da ponte, por onde passará o TGV, e perante a assinatura, no passado sábado, do contrato para o troço Poceirão-Caia, que fará a ligação a Espanha, o autarca afirma: "Não há um TGV Poceirão-Madrid; ou há um TGV Lisboa-Madrid, ou não há TGV. Por isso, é necessária nova travessia do Tejo".
Costa lembra que a obrigatoriedade da nova ponte foi diagnosticada pelo LNEC, no relatório em que defende o aeroporto em Alcochete.
Um ponto em que o autarca não faz finca-pé é a questão dos modos ferroviário e rodoviário na ponte. "Nunca reivindiquei a ligação rodoviária. Mas também nunca me opus a ela. Por solidariedade metropolitana compreendo a posição de outros autarcas que a querem", afirma António Costa.
Insistindo sempre na necessidade do TGV chegar à capital (o que passa sempre por uma nova ponte), Costa considera "sem sentido" algumas hipóteses alternativas entretanto atiradas para a discussão. É o caso de um tabuleiro ferroviário na ponte Vasco da Gama ou ligações suburbanas até ao Pinhal Novo, que depois chegariam ao Poceirão.»
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-Eu também queria muita coisa sr presidente, mas tenho que me singir ás minhas possibilidades...
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