quarta-feira, 28 de abril de 2010

REINVENTAR UMA IDEOLOGIA POLÍTICO-ECONÓMICA PARA PORTUGAL

Esse ponto é fundamental.
De facto, as "modas" ideológicas, não se adaptam a todos os paises; nem funcionam com todos os povos:
Funcionam para onde foram inventadas e por isso mesmo, são aí mais eficazes.
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Portugal teve momentos da história em que, integrado no seu espaço geopolitíco, soube criar a sua própria estratégia, a sua ideologia e a sua maneira de se afirmar no mundo. Fomos então grandes....
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Desses tempos, ficou muito do nosso actual alimento espiritual, mas que nos tem servido sómente para vã glória do passado.
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Portugal perdeu sempre, ao longo da sua história, as oportunidades ganhas: perdeu a India, perdeu o Brasil, perdeu a África e agora arrisca-se a perder a Europa.
Perdemos novamente um Império? Talvez.
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Sempre ganhando fortunas e sem as saber aplicar, falhando estruturalmente e sistemáticamente, na aposta em vectores realmente produtivos e importantes para o futuro de uma nação; tudo se perdeu, gasto na luxúria, na vaidade, na soberba de poderosos, na mania das grandezas.
E agora Portugal, mais uma vez, esqueceu-se de se educar e de se preparar para o futuro.
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Acabrunhados, enxovalhados na pessoa do actual chefe de estado, somos novamente referidos como um caso patológico, numa europa que se quer motor, dinâmica e evoluida.
Novamente na cauda da europa, ultrapassados por todos, inclusivamente pela maioria dos países de Leste, vamos ficar a fazer o quê?
Juntamo-nos aos PALOP?
Sermos agora nós, o pasto das feras?
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Em termos práticos, Portugal tem de encontrar rápidamente, quem de facto o saiba governar. Temos que saber escolher as pessoas certas para os lugares certos. Não podemos abdicar dessa nossa responsabilidade porque, como dizia Platão, "A penalização por não participares na política, é acabares por ser governado pelos teus inferiores." . Isto, é verdade.
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Mas também em termos teóricos, há que reinventar as nossas politícas, as nossas ideologias, os nossos interesses estratégicos, as nossas opções de vida. Temos que partir para a mesa das negociações, com os nossos interesses salvaguardados; temos que deixar de tirar o chapéu aos "estrangeiros".
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Mas temos também e de uma vez por todas, de fomentar uma sociedade humanista e sustentada num ideal social de respeito.
Temos que pensar em urbanismo social; em agricultura social; em indústria social.
Temos que fomentar o apetite das pessoas e o seu envolvimento no que é hoje O desígnio nacional:
O desenvolvimento de Portugal e criação de riqueza sustentada.
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Temos que assumir que o estimulo das pessoas, nesse grande desígnio nacional, não se faz com a compra estúpida e despesista de viaturas do estado, em valor de milhões, nem com exemplos anacrónicos de prémios escandalosos; antes é estimulado, pela aplicação dos recursos, decorrentes dos impostos, no bem estar social e na valorização humana das pessoas.

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