segunda-feira, 16 de novembro de 2009

MERCADO DAS FLORES DE REGRESSO Á RIBEIRA

2009-11-14 in "JN"
CRISTIANO PEREIRA

O Mercado da Ribeira, em Lisboa, volta, desde ontem, a receber o Mercado da Flor. São 300 metros quadrados para produtores e comerciantes de flores que não executam arte floral. O mercado abre três vezes por semana.
O Mercado da Flor da Ribeira, na Avenida 24 de Julho, ao Cais do Sodré, em Lisboa, realiza-se todas as segundas e quartas-feiras, no período da manhã (das 7 horas às 14 horas), e às sextas-feiras, no período da tarde (da 16 horas às 20 horas).
"Esta era uma tradição que se perdeu e que tem que ser recuperada", afirmou o vereador Sá Fernandes durante uma curta visita ao mercado. "As flores e Lisboa estiveram sempre ligadas como, por exemplo, no 25 de Abril", apontou, sublinhando que um mercado deste género "dá cor e alegria" à cidade. O vereador da Câmara Municipal de Lisboa considerou ainda que este Mercado da Flor "era uma reivindicação do sector, da cidade e dos mercados".
O Mercado das Flores, primeiro e único mercado grossista do género na cidade e concelhos limítrofes, regressa agora à Ribeira depois de ter abandonado o espaço em 2000, numa altura em que diversos mercados de Lisboa foram transferidos para o MARL (Mercado Abastecedor da Região de Lisboa).
Ontem, no dia de reabertura, ainda não eram muitos os clientes - a venda, ali, é dirigida a distribuidores, floristas e público em geral - mas já abundavam as bancas com flores para todos os gostos: rosas, cravos, margaridas, pompons, liziantos, goivos, soledagos e até antirrinos. Uma das bancas destacava-se pela beleza e multiplicidade (oito cores e 19 variedades) das suas rosas. "Não utilizamos produtos químicos nas nossas rosas ou, então, só o estritamente necessário", explicou ao JN Orlando Carrilho, produtor da exploração Rosa da Cunca, da Merceana, no concelho de Alenquer.
Com produção de rosas feita "em estufa aquecida", a sua labuta já lhe valeu reconhecimentos como o prémio "Inovação e tecnologia" em 2006 ou um honroso 4º lugar num concurso europeu onde participaram 120 explorações. "É uma rosa que tem uma fragrância natural e uma durabilidade maior do que uma rosa tratada com produtos químicos", explicou Orlando Carrilho, antes de enaltecer as "condições interessantes" do Mercado da Ribeira.

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