segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ANTIGA IGREJA ESTÁ Á VENDA EM LISBOA


2009-11-13 in "JN"

Mais de 30 anos depois de ter sido desafecta ao culto, uma antiga igreja do Bairro Alto está à venda por dois milhões de euros.
Integrada no denominado Convento dos Inglesinhos, construído no século XVII para acolher um seminário inglês, a Igreja de São Pedro e São Paulo possui uma única nave com área de coro, altares laterais, tecto em abóbada e um órgão barroco e ganhou nos últimos anos uma cozinha, aquecimento central, estacionamento e arrecadações.
O espaço foi desactivado pela Igreja Católica em 1976 (três anos após o encerramento do convento e o regresso dos seus habitantes a Inglaterra) e foi adquirido na década de 1990 pela Chamartín Imobiliária, então denominada Amorim Imobiliária, que transformou todo o complexo num empreendimento de luxo.
Durante a obra, a antiga igreja foi também alvo de uma requalificação profunda e, tal como os apartamentos, está agora à venda.
Apesar de já não ser fácil encontrar na Internet o anúncio, onde são pedidos dois milhões de euros pelo imóvel, com uma área útil de 772 metros quadrados, a Chamartín confirmou à Agência Lusa que o imóvel está venda e até tem uma brochura específica, dada a sua exclusividade.
"Servirá para comércio e serviços. E tem havido contactos e já houve interessados", revelou a imobiliária, sublinhando que a fracção está licenciada para o efeito.
A empresa adiantou ainda que teve a "preocupação de consultar e questionar o Patriarcado de Lisboa sobre se estaria interessado na aquisição do espaço para eventual utilização de serviço religioso", mas a instituição "não se mostrou interessada".
No ano passado, a possibilidade de venda de uma igreja ainda afecta ao culto gerou polémica em Coimbra: o Conselho Económico da Paróquia de Nossa Senhora de Lurdes queria avançar com a venda para saldar dívidas da construção de um novo templo, quando tinha um acordo com o centro sócio-cultural para ceder o edifício à instituição.
O Conselho chegou a convidar empresas a apresentar propostas de alienação, numa base de licitação de 1,250 milhões de euros, mas o negócio não se concretizou.

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