terça-feira, 30 de junho de 2009

Quercus perdeu providência cautelar mas promete recorrer


Fonte: Sportinveste Multimédia
terça-feira, 30 Junho 2009
Quercus perdeu providência cautelar mas promete recorrer

SportInveste Multimédia
A Quercus anunciou que vai recorrer da decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, que suspendeu o abate de sobreiros no Vale da Rosa, em Setúbal, disse hoje à Agência Lusa fonte da associação ambientalista O tribunal tinha decidido a suspensão provisória do abate de sobreiros no Vale da Rosa, mas o Ministério da Agricultura interpôs recurso e a providência cautelar interposta pela Quercus, a 09 de Fevereiro, acabou por ser indeferida no princípio do mês. O dirigente da Quercus Domingos Patacho garantiu, no entanto, que a associação ambientalista vai recorrer da decisão dentro do prazo legal, no início de Julho. O abate de 1.331 sobreiros numa zona abrangida pelo Plano de Pormenor do Vale da Rosa e Zona Oriental de Setúbal, para onde está previsto um mega empreendimento urbanístico, tinha sido previamente autorizado pela Autoridade Florestal Nacional (AFN). Da viabilidade do projecto depende a construção do novo estádio do Vitória de Setúbal, mas o coordenador da Comissão de Gestão do clube sadino, Fernando Oliveira, escusou-se a fazer comentários sobre o assunto. "Não vou fazer comentários porque se trata de um processo que não nos diz respeito. A única coisa que posso dizer é que o Vitória de Setúbal precisa de um novo estádio ou de uma remodelação profunda do actual, que está bastante degradado. Qualquer dia, as entidades oficiais não nos autorizarem a jogar no Bonfim", disse à Agência Lusa Fernando Oliveira. Quem não se conforma com os sucessivos atrasos no arranque do projecto do Vale da Rosa é o ex-presidente da Comissão de Gestão do Vitória de Setúbal Luís Lourenço, que, à Lusa, exortou mesmo os responsáveis da holding Pluripar, detentora dos terrenos, a procederem quanto antes ao abate de sobreiros no Vale da Rosa. "Quem tem a responsabilidade de deitar os sobreiros abaixo que o faça rapidamente, para que a Quercus não interfira de novo", disse Luís Lourenço, ainda antes de saber da intenção da Quercus de recorrer da decisão judicial. O ex-dirigente prosseguiu: "Lamento que a Quercus, debaixo do guarda-chuva do seu fundamentalismo, faça perder tempo e dinheiro a toda a gente. O Vitória de Setúbal tem pago, e de que maneira. Vamos ver se vai a tempo de remediar os danos provocados (pela Quercus) ao longo deste processo". A Quercus reclama a “nulidade” do despacho da declaração de imprescindível utilidade pública do Plano de Pormenor do Vale da Rosa e Zona Oriental de Setúbal I (PPVRZOSI) - assinado pelos então ministros do Ambiente, José Sócrates, e da Agricultura, Capoulas Santos -, que viabilizou o mega empreendimento do Vale da Rosa, com cerca de 7.500 fogos, zona comercial e um complexo desportivo. A associação ambientalista alega que "não foi efectuada a Avaliação de Impacte Ambiental do projecto, nem avaliadas as alternativas de localização existentes e as consequências da desflorestação de uma área superior a 50 hectares".Por outro lado, sustenta que a "utilidade pública" deve-se limitar "exclusivamente aos bens colectivos (estradas, hospitais, escolas, entre outros) e não a áreas para instalação de equipamentos de natureza privada (urbanização e centro comercial, nomeadamente), que visem apenas indirectamente viabilizar equipamentos colectivos (como o caso do estádio de futebol, objectivo político que desde o início tem sido a motivação para a aprovação do Plano de Pormenor)". A Quercus salienta ainda que o futuro estádio (que a autarquia se comprometeu a ceder ao Vitória de Setúbal) abrange apenas uma pequena parcela dos cerca de 125 hectares do Plano de Pormenor do Vale da Rosa e que se trata de uma zona onde não existe nenhum povoamento de sobreiros. Os argumentos da associação ambientalista não foram, no entanto, suficientes para garantir uma decisão favorável do tribunal, pelo menos por agora, uma vez que os ambientalistas prometem recorrer.

3 comentários:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Arq. Luís Marques da silva, seria uma imprudência de minha parte, tecer algum comentário sobre a sua postagem, contudo o que importa é que aqui vim, li, e admiro seu trabalho.

Fica meu convite para conhecer:

O MELHOR BOLO DE CHOCOLATE DO MUNDO...

Efigênia Coutinho
Escritora

Arq. Luís Marques da silva disse...

Muito obrigado Efigênia Coutinho.
São comentários como os seus que me fazem "andar".
Aceito com prazer o convite.

PedroVitoriano disse...

A quercus, que vá para a pi que os pariu, vamos lá ver se esse cabrão da quercus ainda não acaba para ai estendido no chão.

Como é o estádio novo do Vitória, que só irá fazer bem a á cidade de Setúbal e ao seu Vitória, não se pode amandar sobreiros abaixo.

MAS QUANDO FOI PARA A PORCARIA DOS CLUBES DE LISBOA FAZEREM ACADEMIAS EM ALCOCHETE E NO SEIXAL, NÃO SE IMPORTARAM QUE OS SOBREIROS FOSSEM ABAIXO.

DEVIAM LHE ERA ENFIAR UM SOBREIRO PELO UM SITIO QUE EU CÁ SEI.


VIVA A SETÚBAL, VIVA O VITÓRIA