terça-feira, 12 de maio de 2009

MOBILIDADE ESPECIAL: GOVERNO E SINDICATOS EM NEGOCIAÇÕES


Natália Ferraz / Mariline Alves
12 Maio 2009 - 00h30
Presidentes com mais poder
Os sindicatos da Função Pública temem que a proposta do Governo de colocar o Regime de Mobilidade Especial nas autarquias possa ser um atentado à liberdade de expressão. Em causa está o facto de serem os presidentes de câmara a decidirem que serviços ou divisões dentro do município serão extintos ou criados, atirando os trabalhadores para a mobilidade.
proposta do Governo põe em causa a "liberdade de expressão dos 140 mil trabalhadores locais", e explica: "Se o poder de extinguir divisões, atirando os trabalhadores para a Mobilidade Especial, reside no presidente de câmara, qualquer funcionário vai pensar duas vezes antes de fazer campanha partidária", salienta José Abraão.
Defendendo que respeita a figura do presidente da câmara, o SINTAP considera, contudo, que seria melhor que essa decisão ficasse a cabo da assembleia municipal. "Aí ainda há alguma oposição", refere José Abraão.
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PORMENORES
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DESEMPREGO
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Como as câmaras são os principais empregadores em muitos concelhos, segundo os sindicatos, a medida poderá criar sérios problemas de desemprego nos municípios.
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RECEPTIVIDADE
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No início das negociações, que arrancaram ontem, o secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, terá mostrado receptividade a "propostas" dos sindicatos.
Pedro H. Gonçalves
in "Correio da Manhã"

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