Parece-me excessiva esta discussão de "gostos".
Anteriormente dei uma ideia daquilo que, em meu entender, deveria ser a praça:
Recolocada na escala humana, utilizável, apetecida, adquirindo o status de "sala de estar" da cidade de Lisboa.
Esta Praça deve voltar a ser o que foi o antigo Terreiro do Paço, ganhando dinamismo e fruição, sustentado em comércios e serviços de restauração de qualidade, devidamente colocados nos espaços dos edifícios das arcadas e utilizando estas últimas, para colocar esplanadas (lembra-me São Marcos).
Quanto ás árvores, é claro que devem ser lá colocadas; de pequeno/médio porte, pontuando as laterais da imensa placa central, criando duas zonas de estar,ou de contemplar, ou chamem-lhe o que quiserem, mas que permita o uso da Praça nos meses de Estio. Não ponham lá as árvores e depois, façam "posts" a criticar a panóplia de toldos e chapéus de Sol.
O desenho é importante? É, mas ainda mais importante é a dignidade da Praça, uma criteriosa escolha de materiais, materiais de alta qualidade, que dignifiquem o espaço, que não se degradem rápidamente e que se possam aguentar na Praça, fazendo história com ela; que não sejam do tipo "Polis", para deitar fora daqui a nada.
Podem colocar lageado de pedra na placa central, igual ao que está por baixo das arcadas. Podem completar os passeios, nos lados Norte, Nascente e Poente, com os belos desenhos de uma bonita e bem colocada "calçada á portuguesa", ou outra solução similar, mas com igual nobreza e carinho. Mais que isso, é inventar o desnecessário; é acessório.
É portanto de dignidade, simplicidade e humanidade que, a par da monumentalidade, esta nossa Praça precisa:
Sem excessos ornamentais, nem tiques de afirmação pessoal!
LuÍs Marques da Silva
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