segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O PORTO EM RECUPERAÇÃO... LISBOA EM DESTRUIÇÃO!

foto 1: recuperação na "baixa", Porto. Este edifício servirá de armazém para material destinado a recuperação, disponível a preço de custo e que será disponibilizado tanto a proprietários como a inquilinos de habitações localizadas na zona de intervenção prioritária.


foto 2: recuperaçao de quarteirão em S. Bento, Porto


foto 3: recuperação na "baixa", Porto


foto 4: recuperação do "Quarteirão das Cardosas"


foto 5: o mercado do Bolhão

foto 6: recuperação na "ribeira", Porto, utilização de materiais tradicionais



foto 7: recuperação junto ao mercado Ferreira Borges, Porto.

foto 8: recuperação junto á rua dos Clérigos, Porto


foto 9: recuperação junto á Bolsa, Porto


foto 10: recuperação na "baixa", Porto
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Pois é meus amigos, pelo Porto "bai-se " tentando não destruir o património edificado. A recuperação dos bonitos, velhinhos e arruinados edifícios da Ribeira e da Baixa portuense, estão a ser recuperados de forma exemplar; pasme-se que em algumas situações a recuperação está a ser feita utilizando materiais originais, como é o caso do vigamento do telhado do prédio da foto 6, todo refeito em madeira.
E quando alguém pensa em destruir algum pedaço do que é seu, os "tripeiros" sabem impôr-se e dizer a alta voz que quem decide na sua cidade são eles; é o caso do mercado do Bolhão que, sem pensarem nas consequências de disporem do património á revelia do povo da cidade, quiseram entregá-lo, para o "travestirem", á TRANCONE e o resultado foram sucessivos levantamentos populares ( a que tive a honra de me associar) e que fizeram recuar na decisão (louve-se também quem sabe reconhecer os erros assumidos).
Por cá, destrói-se tudo em nome de um falso progresso e de uma inventada e opurtunista dinâmica evolutiva da cidade; abrem-se as goelas jorrando um palavreado que, na maior parte dos casos não é inteligível nem dotado de sentido a não ser para os opurtunistas da treta que desejam confundir e roubar á vontade o nosso património, fazendo crer, aos mais incautos, que são uma espécie de cortesãos na história do "rei vai nú", onde só os mais dotados, apreendem o verdadeiro significado da verborreia de tão doutos e sapientes intelectos, que defendem a destruição como forma de progresso.
Miséria das misérias esta onde nos meteram a todos, espartilhados entre o dever de defender a nossa cidade e o desânimo de ver destruir as memórias da nossa infância; querem apagar á viva força todas as memórias que, de alguma forma, poderão implicá-los no genocídio urbano a que estamos a assistir. Forma utilizada ao longo da história para apagar da memória humana, aquilo que pode permitir e exigir um futuro julgamento.
Há que tomar rápidamente medidas para evitar este assalto, que já vai longo e com resultados cada vez mais perigosos; Lisboa está a um passo de perder para sempre a sua identidade romântica, palco de tanta História e de tantas histórias.
A nós cabe-nos o papel de tudo fazer para evitar esse desastre,... nem que seja com petições!
Luis Marques da Silva

3 comentários:

Lesma Morta disse...

Parabéns ao Porto e ao seu Presidente da Câmara. Eu, residente em Lisboa, resta-me assistir à destruição desta capital impar.
Mesmo a demolição do bairro do Aleixo, um verdadeiro cancro da vossa cidade e um covil (salvo as devidas excepções como em tudo) de meliantes, para a sua reitegração em zonas históricas recuperadas com as verbas da venda do terreno, parece-me atitude arrojada de verdadeiro politico que se preocupa com a boa arte de governar e não de se governar. o que apetece dizer? Vivó Porto.

com senso disse...

Infelizmente, para mim, já não vou ao Porto há uns dois anos.
É uma cidade que eu, lisboeta assumido, amo muito, e que vi da última vez que lá estive, em completa decadência.
Esta preciosa informação dá-me um prazer imenso, apetecendo-me também gritar VIVÓ PORTO.
Espero que um dia volte a acontecer ter em Lisboa, um presidente que ame a sua cidade, que tenha uma ideia de urbanismo e que seja claro e completo nas propostas eleitorais que apresenta aos cidadãos!

Arq. Luís Marques da silva disse...

Permitam-me que os corrija: Não é vivó Porto, é mesmo "bibó" o Porto.
Abraço e obrigado pelos coments