quarta-feira, 23 de julho de 2008

MAIS EPUL, MENOS CÃMARA MUNICIPAL DE LISBOA


A ideia inicial e subjacente á criação da EPUL, estava dentro das melhores ideias lançadas pela autarquia lisboeta, como politica de habitação no pós 25 de Abril; a ideia da criação de habitação para jovens a custos controlados, só teve paralelo no "Estado Novo", quando se criou a figura das "rendas limitadas"; forma encontrada pelo estado, de promover o arrendamento de casas novas, com rendas que não podiam aumentar, porque o acordo establecido com o promotor, isentava-o de taxas e impostos, chegando mesmo á cedência de terrenos do estado ou camarários, a custos baixissímos, tendo como contrapartida, o contrôle do custo das rendas.Claro que os tempos eram outros e a inflação calculava-se ás décadas e não aos anos como agora.Entretanto e como tudo neste país, tem uma tendência para caminhar para o "degenerativo compulsivo", a EPUL começou o "transforming" que sabemos...Fala-se agora de mais esta criação providencial; uma empresa vocacionada para a reabilitação urbana, com poderes decisórios sobre coisas tão importantes como a política de solos. Este é só por si um poder de tal forma importante, que deveria estar permanentemente sob a alçada da autarquia, possibilitando assim um maior contôle pelos orgãos autárquicos e consequentemente, pelos cidadãos.É de facto necessário ter cuidado com o que se "dá" a estas empresas que por vezes tomam o "freio nos dentes" e acaba tudo numa grande trapalhada.Resta esperar que o que vem aí, faça bem o seu trabalho e que não se esqueça que o seu objectivo é o de reabilitar edifícios e não o de "encaixar" pessoas.

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