Relativamente á destruição sistemática e endémica do património da cidade de Lisboa, a que todos assistimos diariamente, principalmente do edificado do final do século XIX, princípios do século XX, tive a oportunidade de, há dois anos, publicar no Fórum Cidadania Lx uma notícia onde defendia a salvaguarda desse mesmo património, com a sua inerente recuperação, por modo a incentivar a captação de mais habitantes para o centro urbano, promovendo o seu desenvolvimento sustentado. Esta “nova” forma de pensar a cidade, deveria preferencialmente apoiar a criação do comércio tradicional de proximidade, fomentar a criação de empregos, dinamizar uma rede pública de transportes que privilegiasse estes últimos, em detrimento do transporte particular, reordenar o espaço público, criando espaços verdes de uso e de fruição, ao invés de espaços verdes “de fachada”, autênticos sorvedouros de dinheiros públicos, desligados do Homem e sem qualquer uso prático:
No fundo, pensar a cidade á escala humana que é o mesmo que dizer, humanizar a cidade e devolvê-la ás pessoas, evitando e contrariando a “moda” de termos, nos nossos dias, uma cidade de dia e uma cidade de noite.
No programa de ontem do “Prós e Contras”, ouvi alguém referir e diagnosticar alguns destes problemas. Ora, tal já considero ser uma grande vitória da razão e do bom senso, apesar do tardio com que, a meu ver, estas medidas aparecem:
É que o simples facto de não terem sido implementadas á mais tempo, levaram-nos a esbanjar milhões, numa construção desenfreada, de má qualidade, em locais impróprios, desordenando o território de Norte a Sul, afastando as pessoas dos centros das cidades, despejando-as nos “arredores”.
Mas, para inverter esta situação e ganhar esta guerra, que passa também por uma das linhas estratégicas de fomento á economia nacional, não podemos estar, por um lado a fazer um correcto diagnóstico da situação e por outro lado, promover a aprovação de medidas contrárias ao sentido correcto destas ideias. O alargamento dos horários das grandes superfícies nas cidades e a aprovação de projectos de cariz especulativo, que fomentam a destruição do tecido urbano, como é o caso do “Mono do Rato”, são “legalidades que em nada ajudam a uma urbanidade correcta; é que assim, a guerra até pode ser ganha mas podemos estar perante uma vitória de Pirro…
Luís Salvador Marques da Silva, arq
No fundo, pensar a cidade á escala humana que é o mesmo que dizer, humanizar a cidade e devolvê-la ás pessoas, evitando e contrariando a “moda” de termos, nos nossos dias, uma cidade de dia e uma cidade de noite.
No programa de ontem do “Prós e Contras”, ouvi alguém referir e diagnosticar alguns destes problemas. Ora, tal já considero ser uma grande vitória da razão e do bom senso, apesar do tardio com que, a meu ver, estas medidas aparecem:
É que o simples facto de não terem sido implementadas á mais tempo, levaram-nos a esbanjar milhões, numa construção desenfreada, de má qualidade, em locais impróprios, desordenando o território de Norte a Sul, afastando as pessoas dos centros das cidades, despejando-as nos “arredores”.
Mas, para inverter esta situação e ganhar esta guerra, que passa também por uma das linhas estratégicas de fomento á economia nacional, não podemos estar, por um lado a fazer um correcto diagnóstico da situação e por outro lado, promover a aprovação de medidas contrárias ao sentido correcto destas ideias. O alargamento dos horários das grandes superfícies nas cidades e a aprovação de projectos de cariz especulativo, que fomentam a destruição do tecido urbano, como é o caso do “Mono do Rato”, são “legalidades que em nada ajudam a uma urbanidade correcta; é que assim, a guerra até pode ser ganha mas podemos estar perante uma vitória de Pirro…
Luís Salvador Marques da Silva, arq
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