quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MOTA-ENGIL QUER AS LINHAS URBANAS DA CP

O grupo Mota-Engil, de que é presidente executivo Jorge Coelho, quer participar num consórcio para concorrer à concessões das linhas urbanas da CP, cuja privatização está incluída no Orçamento de Estado para 2011, proposto pelo Governo.
Artigo 20 Outubro, 2010 - 15:45

António Mota e Jorge Coelho, os líderes da Mota-Engil
O “Jornal de Negócios” desta quarta feira noticia que António Mota, presidente da administração da Mota-Engil, disse ao jornal que o grupo está interessado em constituir um consórcio para concorrer à exploração das linhas urbanas da CP. A proposta de Orçamento de Estado para 2011 apresentada pelo Governo inclui a entrega a privados da “exploração dos serviços de transporte ferroviários de passageiros integrados nas unidades de negócio CP Lisboa e CP Porto”. O Governo pretende, para esta concessão a privados, “lançar os respectivos procedimentos pré-contratuais até ao final de 2011”.

Segundo o jornal, o grupo Mota-Engil, de que é presidente executivo o antigo ministro e ex-dirigente do PS Jorge Coelho, está muito interessado na componente da manutenção. O grupo Mota-Engil já participa em consórcios para a construção do Metro Sul do Tejo, para a exploração e manutenção do Metro do Porto e para a construção da linha de Gondomar do Metro.

As linhas da CP que o Governo pretende entregar aos privados são, em Lisboa, as linhas da Azambuja, Cascais, Sintra e Sado e, no Porto, as linhas de Aveiro, Braga, Marco de Canaveses e Guimarães. As linhas de Lisboa transportaram, em 2009, 92,1 milhões de passageiros e as do Porto 20,5 milhões.

O grupo Mota-Engil detém também a Takargo, de transporte ferroviário de mercadorias, integra o único consórcio já constituído para a privatização da ANA e a construção do novo aeroporto e está ainda na corrida para a construção do TGV.

O grupo liderado por Jorge Coelho acaba também de constituir a Mota- Angola, em parceria com a Sonangol e o BPA de Angola, que pretende ser a maior construtora de Angola.
recebido via email de Rui Perdigão

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