terça-feira, 2 de março de 2010

COSTA DEPENDE DA VENDA DO LOTE PARA OBRAS DO POLIS

por ROBERTO DORES
Hoje in "DN"

As dificuldades financeiras em que está mergulhado o Polis da Costa de Caparica, obrigando as obras a estarem paradas, não deixam grande alternativa à sociedade gestora do programa. Ou consegue um autofinanciamento na ordem dos dez milhões de euros através da venda de um lote de terreno, na frente marítima, destinado à construção de um hotel, ou dificilmente terá dinheiro para avançar com o Plano de Pormenor do Bairro do Campo da Bola.
Um cenário que condenaria o Polis mais atrasado do País a ver a sua conclusão adiada para lá de 2013 (o último prazo previsto, depois de terem estado fixadas várias datas, como 2007 e 2011), pelo que a administração da empresa vai apostar forte na promoção da hasta pública do lote, que deverá ocorrer entre Março e Abril, depois de a 18 de Março de 2009 um primeiro leilão ter ficado deserto, apesar da atractividade do património que tinha ido à "praça".
A conjuntura económica desfavorável foi apontada pela Costa Polis como o factor do insucesso da operação, admitindo a mesma sociedade que o cenário actual não é muito diferente de há um ano. Fonte da empresa garante que "a abordagem à venda é feita numa perspectiva positiva", admitindo ao DN que este encaixe financeiro "é importante para o financiamento dos projectos por realizar". E se voltar a não haver compradores? "Haverá sempre e seguramente várias possibilidades de financiamento dos projectos por realizar", responde o representante do CostaPolis, sendo que em 2001, quando o programa foi anunciado, apesar de ter arrancado apenas em 2006, as actuais dificuldades de tesouraria nunca terão sido equacionadas.
O terreno que vai voltar a ser leiloado é uma parcela, cedida pela Câmara de Almada ao CostaPolis, destinada à construção de um hotel de quatro estrelas, com mais de cem quartos, na zona onde funcionou o terminal rodoviário, a 20 metros da praia do Traquino Paraíso. São 6800 metros quadrados que permitem construir oito pisos. Argumentos de sobra que deixaram "muito desiludido" o antigo administrador Fonseca Ferreira, substituído por Teresa Almeida, a nova presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

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