quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

VILA FRANCA: CONSTRUÇÃO EM LEITO DE CHEIA

Do blog "A NOSSA TERRINHA" - Retratos de Portugal retirei este artigo, que me foi enviado pelo arquitecto Rui perdigão. Não pude deixar de o postar por entender que em si mesmo, encerra um brutal desprezo pela vida humana e pelo meio ambiente, face aos interesses especulativos e desregrados.
Urge impôr em Portugal os meios legais necessários, para fazer face a este tipo de atentados urbanistícos, criando legislação que preveja ou enquadre este tipo de situações como crime.
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Luis Marques da Silva
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Já ninguém pode invocar desconhecimento. Ninguém - nem um leigo, nem um governante, nem um construtor - pode hoje dizer que nunca ouviu falar dos elevados riscos da construção em leitos de cheia. Todos estamos cansados de saber: não se pode construir uma urbanização num leito de cheia. Esta regra - hoje básica - é sobretudo relembrada quando acontecem as tragédias. Nessas alturas em que se vertem muitas lágrimas e os governantes manifestam a sua "mais profunda solidariedade" para com as vítimas ou para com os familiares das vítimas que morreram, somos recordados que a tragédia se deu devido aos erros cometidos no passado: "toda esta construção foi feita em leito de cheia e o resultado está agora à vista". Daqui para o futuro, dizem-nos então, é preciso não voltar a cometer os mesmos erros.

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