quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CARNIDE EXIGE ESTACIONAMENTOS


Lisboa
Carnide exige estacionamentos para tirar carros e pôr esplanadas
por DANIEL LAM
Hoje
Empresários aceitam projecto mas exigem condições para fixar e não perder clientes.
O projecto para requalificar o Largo do Coreto, em Carnide, Lisboa, retirar daquele espaço os carros e torná-lo pedonal, aproveitando a área livre para criar grandes esplanadas, é aplaudido por responsáveis dos restaurantes da zona. Mas impõem uma condição: primeiro, é preciso criar alternativas de estacionamento. "Senão, matam o negócio em Carnide", alertam.
A proposta para intervir no Largo do Coreto, onde há oito restaurantes, foi votada por 178 pessoas, ficando em terceiro lugar entre os 12 projectos aprovados no âmbito do Orçamento Participativo da Câmara de Lisboa. Tem um prazo de execução de 18 meses e custos de 600 mil euros. Pretende-se fazer a reparação do pavimento, que se encontra em muito mau estado, e não permitir que este espaço continue ocupado com carros. Actualmente, até parece ser um parque de estacionamento.
"O pior cancro de Carnide é a falta de estacionamento", salienta ao DN o proprietário do restaurante típico Portas Verdes, Antero Barbosa de Abreu. "Aqui à volta não há onde estacionar", frisou.
Por isso, "primeiro é preciso criar espaços para estacionar, senão os clientes deixam de cá vir. Não encontram lugar onde deixar o carro e vão embora para outro lado", refere o empresário.
"Fala-se na hipótese de aproveitar terrenos da Quinta do Pinheiro, uma área livre situada aqui perto, para construir estacionamento com vários pisos", revelou.
"Este é o restaurante mais antigo de Carnide. Existe desde 1944", lembra Antero de Abreu, esclarecendo que foi para ali trabalhar em 1989.
Conta que "a partir de 1995 é que começaram a surgir novos restaurantes no largo. Pequenos cafés e tascas, uma oficina e até um infantário foram transformados em restaurantes".
"Há 20 anos já se falava em fechar isto ao trânsito", recorda o empresário. "Era óptimo passar a ter esplanada, por causa dos fumadores. Sofri uma quebra de 50% depois da lei que em 2008 proibiu fumar em recintos fechados", relatou.
Insiste que "a prioridade é o estacionamento". E conclui: "Até estou disposto a pagar o estacionamento ao cliente".
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