sexta-feira, 14 de agosto de 2009

PORTELA DEVERIA MANTER UMA PISTA

Voos executivos defendidos por Fonseca Ferreira na apresentação do novo PROTAML

00h30m in "JN"
TELMA ROQUE

Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, defende que a Portela deve manter uma pequena pista para jactos e helicópteros.
"Devia ser preservada a hipótese (de o aeroporto da Portela) manter uma pequena pista para voos executivos e helicópteros. A Portela é grande, tem 600 hectares", sublinhou o responsável durante a apresentação do novo Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML), que deverá entrar em vigor a partir de Março do próximo ano.
Fonseca Ferreira sustentou que, uma área de tão grande dimensão como é a Portela, pode acolher um "parque urbano e um parque empresarial moderno", onde estaria incluída a pequena pista, ficando os voos comerciais no futuro aeroporto, a construir na área do Campo de Tiro de Alcochete. "Só com um tráfego superior a 30 milhões de passageiros/ano se justificariam dois aeroportos", explicou o responsável.
O novo PROTAML, que vem substituir actual, em vigor desde 2002, aposta no reforço da mobilidade entre as duas margens, na revitalização económica e turística e dá prioridade ao transporte ferroviário. Entre as metas traçadas, nesta área, até 2020, está o aumento da quota de mercado do modo ferroviário nas deslocações de média e longa distância para 26% (em 2003 era de apenas 11%).
O comboio de alta velocidade, a nova ponte rodo-ferroviária Chelas-Barreiro, o novo aeroporto em Alcochete, a plataforma logística do Poceirão estão entre os projectos alinhados para uma região onde vivem cerca de 2,7 milhões de habitantes.
A estes projectos, o novo PROTAML junta outros como a ampliação do cais para cruzeiros em Alcântara, a localização na Ota do pólo das indústrias aeronáuticas e a instalação de um novo terminal de contentores a sul do Tejo (Trafaria) e a sua ligação à plataforma logística, e onde Setúbal seria um dos portos nacionais associado às "auto-estradas do mar".
"São metas ambiciosas, de risco. Não nos contentámos com cenários de continuidade ou meras cosméticas", confessou Fonseca Ferreira, acrescentando que, segundo a nova visão estratégica e num horizonte de 2020, a Área Metropolitana de Lisboa transformar-se-à numa metrópole cosmopolita, preparada para uma "civilização pós-carbono", onde os transportes públicos assumem papel de relevo. A região espera estar a cumprir, em 2012, o valores limite de ruído e poluição.
Entre as metas a atingir até 2020, alinhadas no novo documento estratégico, está ainda o aumento em 10% do número de empresas ligadas às indústrias criativas e a duplicação do número de entradas e dormidas de turistas estrangeiros na região.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ai pois vai manter... nem que seja para os senhores ministros e presidente terem que aterrar em solo caseiro, pois o zé povinho deve ser afastado!!!
Para os ditos cujos fica mais perto de casa rssssssss