terça-feira, 28 de julho de 2009

PASCOAL DE MELO: ESTE? JÁ ERA...

Apesar de estar em perfeito estado de conservação, este edifício foi demolido, como vai acontecendo por essa Lisboa fora, descaracterizando a sua face, roubando-lhe as suas memórias.
Continua a ser permitido transformar terrenos em pepitas de ouro.
Continua a ser permitido pagar por um porco, o valor de um presunto.
Até quando a inexistência de uma verdadeira politíca de solos e da figura do "crime urbanístico", na legislação, impedindo a especulação desenfreada, o desordenamento do território e a possibilidade da ocorrência destas situações?
Apesar de tudo, baixar os braços?
Nunca!!!

1 comentário:

com senso disse...

Será que Lisboa ainda tem remédio?

Ao existir uma classificação de imóveis com interesse patrimonial, em anexo ao PDM, o que acaba por acontecer é que todos os outros edificios, não abrangidos por essa protecção, e que foram construídos na mesma época ficam sujeitos à demolição.

Por isso Lisboa a pouco e pouco vai sendo descaracterizada, pois o que deveria ser preservado era o carácter de época da totalidade do conjunto edificado.

Não entendo, porque é que em Lisboa, à semelhança de outras cidades, não obriga a que em certas zonas haja modelos específicos para construção, devendo existir uma harmonia das respectivas traças.

Acho muito bem que os arquitectos de hoje deixem as suas marcas na cidade que se vai construindo. Temos zonas óptimas para esse efeito: A Expo, a Alta de Lisboa, etc.... Contudo, relativamente à cidade histórica, deveriam existir regras muito claras para a manutenção de estilos arquitectónicos de cada zona, preservando assim as várias ambiências de época, em que a cidade se foi edificando.

Esta é a noção de um cidadão comum, que não sendo arquitecto, e tendo uma imensa admiração por essa fantástica profissão, gostaria de viver numa cidade em que a história e a arquitectura andassem em perfeita harmonia.