Construído em 1162, por D. Gualdim Paes, grão-mestre da Ordem dos Templários em Portugal, o convento da Ordem de Cristo e o castelo dos Templários, em Tomar, formam um conjunto arquitectónico único no seu género.
Este grupo monumental encerra no seu conjunto arquitectónico, exemplos de vários estilos de arquitectura, desde o românico, ao templário, ao gótico, ao manuelino, ao renascimento, ao maneirismo e por fim ao barroco. É também de salientar, o aqueduto filipino dos Pegões Altos que, a par do convento e do castelo, integram a Mata dos Sete Montes.
De entre o conjunto global, destaca-se a Charola ou Oratório dos Templários, cuja construção foi iniciada em 1175 e que está agora a ser alvo de restauro. Este elemento é o núcleo do mosteiro, sendo a sua geometria baseada na planta da igreja do Santo Sepúlcro de Jerusalem; a ortogonalidade representativa do nº 8, o infinito.
As riquezas do interior da Charola são complementadas com as obras de Gregório Lopes, pintor régio, em 1536-39 e agraciado em 1520 como cavaleiro espatário, atributo raro na época, para uma profissão mecânica como era considerada a de pintor.
O restauro que se impunha desta magnífica obra de arquitectura, foi agora concretizado; a cultura em Portugal está pois de parabéns, devendo seguir-se-lhe outros exemplos que travem a ruína de outros monumentos completamente votados ao estado de abandono.
Veja-se o exemplo de Espanha, aqui ao lado, que conseguiu em poucos anos recuperar a história, ao devolver a dignidade aos seus monumentos, em muito maior número, qualidade e tamanho, relativamente ao património ainda existente em Portugal . Percebe-se assim, um pouco melhor, o porquê do "orgulho espanhol"!
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