quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
NATAL COM DIGNIDADE
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
ALGUMA LUZ SOBRE A ORIGEM DOS ÁRABES E DOS JUDEUS
Quem são os filhos de Abraão?
terça-feira, 8 de novembro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
O TOBIAS / SANCHO
GOVERNO DISCUTE NOVO USO PARA O FUTURO MUSEU DOS COCHES
"A minha preocupação neste momento é encontrar uma solução global para a frente Tejo", disse ontem ao PÚBLICO Miguel Relvas, ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares, que tem a seu cargo o processo de extinção da empresa criada em 2008 pelo então primeiro-ministro José Sócrates para a requalificação da zona ribeirinha de Lisboa (o desaparecimento da Frente Tejo SA foi anunciado em Julho). O novo Museu Nacional dos Coches era apresentado pelo anterior governo socialista como uma peça-chave desta revitalização.
Para contribuir para o debate sobre a zona, Relvas levou para uma reunião que teve há um mês com o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, e o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, uma pergunta: "Por que não ponderar a hipótese de dar ao edifício outro uso?" Nada está, no entanto, decidido, disse ontem fonte do governo. Por isso, vão realizar-se mais reuniões.
Segundo várias fontes ligadas à Cultura ouvidas ontem pelo PÚBLICO, que preferiram manter-se anónimas, em cima da mesa estará a eventual criação de um museu da viagem e da língua, uma proposta que já antes fora avançada para outros edifícios daquela zona: o Mosteiro dos Jerónimos (onde está o Museu Nacional de Arqueologia, MNA) e o Museu de Arte Popular.
A ideia de um museu com base na Expansão começou por ser defendida pelo escritor Vasco Graça Moura (que foi eurodeputado pelo PSD e presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses) e, mais recentemente, pela historiadora de arte Raquel Henriques da Silva, que foi também directora do instituto dos museus.
Num cenário de profunda contenção orçamental, as mesmas fontes defendem que na origem do debate deverão estar também os elevados custos de manutenção dos coches no espaço criado pelo Pritzker de 2006 (o mais alto prémio que um arquitecto pode desejar). E dizem que é a mesma falta de dinheiro que leva a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) a ter ainda em análise a transferência do MNA para a Cordoaria Nacional.
Obra continua
Contactado pelo PÚBLICO, Paulo Mendes da Rocha, 82 anos, preferiu não prestar declarações, remetendo qualquer esclarecimento sobre o assunto para o Governo português. A SEC não se pronunciou, nem o Turismo de Portugal, entidade de onde parte o financiamento da obra (31 milhões de euros provenientes da concessão do Casino de Lisboa, embora os últimos custos divulgados ascendam a 38,8 milhões). João Brigola, director do Instituto dos Museus e da Conservação, que tutela os Coches, disse ontem que não tinha recebido "qualquer informação oficial sobre a questão".
Apesar dos atrasos iniciais, a obra está a decorrer como previsto, disse ontem António Capinha, do gabinete de comunicação da Mota Engil, empresa responsável pelos trabalhos.
A confirmar-se a mudança de finalidade, o projecto de Mendes da Rocha deverá ter grandes alterações, uma vez que os coches têm especificidades de exposição muito concretas e exigem, por isso, um edifício à sua medida: basta pensar que ganham em ser vistos de todos os lados e no espaço que é preciso para que dêem a volta sempre que for preciso restaurá-los ou mudá-los de lugar.
O museu que está planeado, e cuja conclusão foi anunciada para o fim deste ano, prevê a exposição de 80 coches da colecção portuguesa, uma das melhores do mundo.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
CONVÉM RELEMBRAR A HISTÓRIA...
Alemanha "rainha das dívidas"
O historiador Albrecht Ritschl evoca hoje em entrevista ao site de Der Spiegel vários momentos na História do século XX em que a Alemanha equilibrou as suas contas à custa de generosas injecções de capital norte-americano ou do cancelamento de dívidas astronómicas, suportadas por grandes e pequenos países credores.
Ritschl começa por lembrar que a República de Weimar viveu entre 1924 e 1929 a pagar com empréstimos norte-americanos as reparações de guerra a que ficara condenada pelo Tratado de Versalhes, após a derrota sofrida na Primeira Grande Guerra. Como a crise de 1931, decorrente do crash bolsista de 1929, impediu o pagamento desses empréstimos, foram os EUA a arcar com os custos das reparações.
A Guerra Fria cancela a dívida alemã
Depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA anteciparam-se e impediram que fossem exigidas à Alemanha reparações de guerra tão avultadas como o foram em Versalhes. Quase tudo ficou adiado até ao dia de uma eventual reunificação alemã. E, lembra Ritschl, isso significou que os trabalhadores escravizados pelo nazismo não foram compensados e que a maioria dos países
europeus se viu obrigada a renunciar às indemnizações que lhe correspondiam devido à ocupação alemã.
No caso da Grécia, essa renúncia foi imposta por uma sangrenta guerra civil, ganha pelas forças pró-ocidentais já no contexto da Guerra Fria. Por muito que a Alemanha de Konrad Adenauer e Ludwig Ehrard tivesse recusado pagar indemnizações à Grécia, teria sempre à perna a reivindicação desse pagamento se não fosse por a esquerda grega ficar silenciada na sequência da guerra civil.
À pergunta do entrevistador, pressupondo a importância da primeira ajuda à Grécia, no valor de 110 mil milhões de euros, e da segunda, em valor semelhante, contrapõe Ritschl a perspectiva histórica: essas somas são peanuts ao lado do incumprimento alemão dos anos 30, apenas comparável aos custos que teve para os EUA a crise do subprime em 2008. A gravidade da crise grega, acrescenta o especialista em História económica, não reside tanto no volume da ajuda requerida pelo pequeno país, como no risco de contágio a outros países europeus.
Tiram-nos tudo - "até a camisa"
Ritschl lembra também que em 1953 os próprios EUA cancelaram uma parte substancial da dívida alemã - um haircut, segundo a moderna expressão, que reduziu a abundante cabeleira "afro" da potência devedora a uma reluzente careca. E o resultado paradoxal foi exonerar a Alemanha dos custos da guerra que tinha causado, e deixá-los aos países vítimas da ocupação.
E, finalmente, também em 1990 a Alemanha passou um calote aos seus credores, quando o chanceler Helmut Kohl decidiu ignorar o tal acordo que remetia para o dia da reunificação alemã os pagamentos devidos pela guerra. É que isso era fácil de prometer enquanto a reunificação parecia música de um futuro distante, mas difícil de cumprir quando chegasse o dia. E tinha chegado.
Ritschl conclui aconselhando os bancos alemães credores da Grécia a moderarem a sua sofreguidão cobradora, não só porque a Alemanha vive de exportações e uma crise contagiosa a arrastaria igualmente para a ruína, mas também porque o calote da Segunda Guerra Mundial, afirma, vive na memória colectiva do povo grego. Uma atitude de cobrança implacável das dívidas actuais não deixaria, segundo o historiador, de reanimar em retaliação as velhas reivindicações congeladas, da Grécia e doutros países e, nesse caso, "despojar-nos-ão de tudo, até da camisa".
BICHO DA MADEIRA? USE XYLOPHENE
O melhor para erradicar pragas de bicho da madeira, causadores de enormes buracos que põem em causa a segurança e resistência das estruturas...
Específico para pragas existentes em Institutos, Fundações e Empresas Públicas existentes em todo o território nacional...
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
VOLTAR ÁS ORIGENS? PORQUE NÃO?
terça-feira, 13 de setembro de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
PM BRITÂNICO PROMETE COMBATER A "CULTURA DO MEDO"
Londres, 11 ago (Lusa)
PM britânico promete combater "cultura de medo"
Londres, 11 ago (Lusa) - O primeiro-ministro britânico prometeu hoje lutar contra a "cultura de medo" no Reino Unido numa comunicação na Câmara dos Comuns, reunida em sessão extraordinária para discutir as circunstâncias dos motins dos últimos dias.
David Cameron prometeu que o governo está a "atuar com firmeza" para restaurar a ordem em Londres e nas outras cidades onde foram registados distúrbios nos últimos dias.
"Não permitiremos que uma cultura de medo exista nas nossas ruas", enfatizou.
Cameron acrescentou que fará "o que for necessário para restaurar a lei e ordem e reconstruir as nossas comunidades".
O chefe de governo reiterou que "nada deve ser afastado" no combate à violência, incluindo limitações a redes sociais e meios de comunicação usados para organizar os ataques.
David Cameron adiantou ainda que serão estudados exemplos como a cidade norte americana de Boston quanto a formas de combater gangues de delinquentes.
"Esta é a altura para o nosso país se unir", exortou.
"Para as pessoas que respeitam a lei e seguem as regras, e que são a grande maioria neste país, eu digo que a resposta começou, que vamos proteger-vos. Se tiveram o ganha-pão ou propriedades danificadas, iremos compensar-vos", prometeu.
"À minoria sem lei, os criminosos que levaram o que puderam", avisou: "Vamos atrás de vocês, vamos encontrar-vos, vamos processar-vos e vamos castigar-vos. Vão pagar pelo que fizeram".
Cameron afirmou que é necessário "mostrar ao mundo, que assistiu chocado, que os responsáveis pela violência a que vimos nas nossas ruas não são de forma alguma representativos do nosso país ou da nossa juventude".
"Precisamos de mostrar-lhes que conseguimos lidar com a nossa sociedade fraturada", continuou, "e restaurar um sentimento mais forte de moralidade e responsabilidade".
BM
Lusa/fim
A propósito:
Numa nota, que escrevi há uns dias, questionei sobre a origem destes tumultos que deflagraram, agora em Londres, mas que já tinham tido inicio em França, passaram pela Grécia e estenderam-se ao Norte de África e Médio Oriente. Questionei o assunto por o entender extremamente complexo, indo muito para além da mera contestação social, politica e económica.
A deflagração sistemática de focos de violência, num preparado e coordenado timing, com cariz de guerrilha urbana e de motim, pressupõe uma organização ou uma coordenação com objectivos defenidos:
As pessoas, aproveitados que sejam certos momento de maior tensão e de descontentamento, fácilmente são levadas a estes excessos, aliás como se tem comprovado nos países onde estes se têm verificado.
Esta notícia, lida nas entrelinhas, começa a provar isso mesmo:
Qual será a melhor forma de implementar medidas restritivas sem que estas, á luz da opinião pública, pareçam imorais, anti-democráticas e mesmo ilegais? Não será pôr a própria opinião pública a desejar que essas medidas sejam implementadas?
E para isso, basta que tais medidas, visem repôr a segurança pública hipotéticamente perdida:
Lembram-se das ideias de Sarkozi a seguir aos motins registados em França? Conforme já disse, no campo dos direitos, das liberdades e das garantias, preparem-se que o que aí vem não vai ser um osso fácil de roer...
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
ADEUS MEU AMIGO...
13 de Julho de 2011.
Foste leal, foste meigo e carinhoso, foste teimoso e persistente; foste tu.
A tua vontade era estar sempre perto de mim:
Muitas vezes não pude estar; outras, não consegui.
Muitas, também não te entendi...
Gaspar, de entre todos os amigos, foste dos maiores e melhores!
E como se faz com os maiores amigos, guardam-se para sempre no coração.
Quando, no Domingo, fomos os dois ver o pôr-do-Sol para a praia, mesmo fraco e vagaroso no andar, nada faria supor que, dois dias depois, me iria despedir de ti para sempre;
o teu orgulho, não te permitiu continuar a existir de uma forma menos digna e alegre. Eu não me teria importado; mas tu não quiseste.
Desse dia e de outros, igualmente belos, ficam os bons momentos que passámos juntos.
E foi isso que também me ensinaste; todos os bons momentos, devem agarrar-se e serem vividos intensamente porque podem não voltar a repetir-se, mesmo que tudo, até a vida, pareça imutável: Mais uma lição que me deste...
Adeus amigalhaço... Ah e... "o gato, onde está o gato"?
quarta-feira, 6 de julho de 2011
NA COMEMORAÇÃO DO SEU CENTENÁRIO, A REPÙBLICA DEIXA DE SER DAS BANANAS E PASSA A LIXO
Tenho vergonha? Tenho sim e muita; mas é vergonha da corja de pseudo políticos, pseudo competentes que, com despesismos e imatura governação, nos deixaram cair neste abismo. E não foi por falta de avisados concelhos...
Quanto ao efeito sobre a venda da divída nos mercados, esta,antes de ir ao mercado, está vendida ; esta descida não a afectará.
terça-feira, 5 de julho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
O FIM POLÍTICO DE FERNANDO NOBRE
Alguém acredita que Pedro Passos Coelho, não podia ter imposto políticamente, a sua vontade á mesa das negociações?
A verdade é que com esta "conveniente" votação, se livrou de um monte de problemas internos e de um "morto politico" que já não lhe servia para nada.
Paulo Portas, não poderia ter aceite o "engulho", com base no superior interesse da nação?
Com esta votação, salvou a face, aparece como um "homem de palavra", elimina Nobre, fazendo a vontade a alguns sectores do PP e abre concensualmente a porta para a eleição para uma mais interessante personagem.
O fim politíco de Nobre, acontecido o actual cenário político, estava há muito traçado...
terça-feira, 7 de junho de 2011
NUNES DE CARVALHO
O bisavô Benigno Manuel Maria Nunes de Carvalho, á sua direita, a primeira rapariga sentada, mnha avò Elvira Maria, á sua esquerda, minha tia Nene, rodeado por todos os seus filhos.
Foi fundador e proprietário da Casa Editora Nunes de Carvalho, com sede na rua dos Poiais de São Bento, em Lisboa.
Os Nunes de Carvalho, cuja origem é Viseu, vêm para Lisboa no séc XVIII, na pessoa de meu 5º avô, D.or António Maria Nunes de Carvalho, bacharel formado em Leis, Juiz de Fóra e advogado da Casa da Suplicação.
Do canto superior direito para a esquerda:
Tio Artur, tia Julieta, tia Judite, tia Ofélia, tio Herbert, avò Bibi, tio Manuel, tio Francisco, bisavô e tia Nene.
Ano aproximado da foto: 1915
terça-feira, 31 de maio de 2011
LEGISLATIVAS 2011
Desiludido com esta infernal barulheira, desta patética campanha; parece que caí no meio de um arraial minhoto, na pista dos "carrinhos de choque" ou em cima dos trens de cozinha da barraca da venda "Leva isto tudo por 20 euros":
Campanha esvaziada de valores, de soluções e de discursos consistentes; suportada exclusivamente pelo discurso barato, pela acusação gratuita, pela arrogância generalizada, pelos beijinhos e cumprimentos não sentidos, distribuídos com uma mentirosa á vontade, aos pacotes, ao tosco do "povo" das ruas e ás peixeiras encardidas de cheiro dos mercados. Campanha pensada á terceiro mundo, quase exclusivamente marcada e sustentada por uma “inovadora” distribuição de flyers, bandeirinhas e canetas rascas...
Meus senhores, depois de se terem positivamente c. para o superior interesse nacional, pondo-o na gaveta; depois de se terem diplomaticamente engalfinhado todos para promoverem estas tão desejadas quanto absurdas eleições, onde se irão gastar aos cofres do Estado (o Estado ainda tem cofres?), perto de dezoito milhões de euros, ao menos tenham respeito pelos portugueses; não nos tratem como mentecaptos, digam-nos ao que vêm para, em consciência, podermos escolher o que convém para Portugal.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
FÓRUM CIDADANIA Lx CONTESTA ALTERAÇÕES EM PRÉDIO CLASSIFICADO
Uso do vidro na ampliação foi aprovada pelo vereador do Urbanismo
Movimento contesta alterações em prédio classificado( por Marisa Soares in Publico )
O Fórum Cidadania Lisboa apresentou queixa na Provedoria de Justiça e na Inspecção-Geral da Administração Local por causa das alterações ao projecto de requalificação do edifício situado no número 25 da Avenida da República, em Lisboa. O movimento cívico pede que seja reposta a estética original da fachada, por se tratar de um edifício classificado.
Em causa estão, por um lado, as ampliações, laterais e em altura, feitas em vidro e não em tijolo e cantaria como previsto no projecto aprovado em 2005 e na licença de construção aprovada em reunião de câmara, em Julho de 2008. O resultado é uma “aberração”, diz Paulo Ferrero, porta-voz do movimento, sublinhando que a alteração estética do edifício “contraria claramente” os pareceres iniciais do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) e do Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do Plano Director Municipal.
O projecto, a cargo da empresa Rui Ribeiro, previa a manutenção das fachadas e a respectiva ampliação procurando manter a linguagem arquitectónica. A técnica utilizada seria o pastiche, que consiste na colagem de diferentes estilos arquitectónicos. Este é, porém, um método “muito contestado” e “sem reconhecimento pelas cartas e convenções internacionais do património”, esclarece o gabinete do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.
Por isso, a proposta de alteração feita pelo promotor, com a colocação de vidro nos espaços ampliados, foi “muito bem recebida” pelo vereador, que aprovou o projecto num despacho de 13 de Abril deste ano. Segundo a autarquia, “o edifício mantém a sua proporção original nas fachadas, em contraponto com uma clara desproporção que resultava da ampliação feita através de pastiche”.
O Fórum Cidadania Lisboa critica ainda o facto de as alterações terem sido aprovadas durante a execução da obra directamente por Manuel Salgado. Por se tratar de um edifício incluído no Inventário Municipal do Património, o movimento entende que a discussão das alterações em reunião de câmara seria o “procedimento correcto”.
A câmara esclarece, por sua vez, que o vereador do Urbanismo tem, desde 12 de Novembro de 2009, competência para decidir sobre projectos em edifícios incluídos no Inventário Municipal do Património. Em 2008, quando foi aprovada a licença de construção, a competência para decidir sobre a execução deste tipo de projectos era da câmara municipal, pelo que a então vereadora Gabriela Seara teve de levar o assunto a reunião de câmara.
Dos factos que interessam:
A intervenção efectuada leva a todo o tipo de interpretações e como é lógico, nem sempre as mais correctas.
Isso não tira nem põe o que anteriormente referi:
O que aqui foi feito, foi uma ampliação ilegal, em vidro, num edifício classificado.
As tais cartas e demais papeladas evocadas, são para intervenções que estejam dentro da legalidade, com os pareceres vinculativos e obrigatórios dos organismos competentes, nomeadamente do IGESPAR…
A tal Carta de Veneza, refere-se e passo a citar:
"Artº11º- Os contributos válidos das diferentes épocas referentes à edificação de um monumento devem ser respeitados, não sendo a unidade de estilo um objectivo a alcançar no decurso de um RESTAURO. Desde que um edifício comporte várias épocas sobrepostas, a evidência de uma época subjacente não se justifica senão a título excepcional e na condição de que os elementos eliminados tenham pouco interesse, de maneira a que a composição final constitua um testemunho de alto valor histórico, arqueológico ou estético e que
o seu estado de conservação seja aceitável. O juízo sobre o valor dos elementos em questão e a decisão sobre as eliminações a efectuar não podem depender unicamente do autor do projecto."
in Carta de Veneza.
Ora aqui, neste caso concreto, há que saber interpretar o que se lê:
Não estamos a tratar de um restauro mas, tão somente, de uma obra de fachada, onde o edifício perde a sua identidade; o que resulta desta intervenção, é pura e simplesmente um edifício novo com a manutenção da fachada. É uma obra de fachada; não é um restauro!
Assim, onde é que alguém aqui, neste caso concreto, pode aplicar o articulado da tal Carta?
Tanta ignorância e tanto seguidismo…
Se a ampliação “pastiche” é condenável pelas cartas internacionais, nada há que sustente estes projectos de “fachadismo”, estas ampliações espelhadas, que são produto das mais básicas e ultrapassadas soluções, para intervenções em edifícios com estas características arquitectónicas. Ainda por cima numa cidade com a insolação que Lisboa tem, numa altura em que um dos primeiros pressupostos de uma boa intervenção, deve ser pugnar por atingir a máxima eficiência energética possível.
É uma má intervenção no património arquitectónico existente e nem sequer consegue ser uma boa intervenção nova.
Resultado, uma miscelânea “insonsa” do pior…
terça-feira, 24 de maio de 2011
SOLOS EUROPEUS PERDEM ANUALMENTE PARA O BETÃO E ASFALTO, SUPERFÍCIE DO TAMANHO DE BERLIM
Helena Geraldes
Todos os anos, os solos europeus perdem para o betão e asfalto uma superfície correspondendo ao tamanho da cidade de Berlim, uma tendência que a Comissão Europeia considera “insustentável”.
A expansão das cidades e das estradas – que impermeabiliza os solos - “compromete o legado de solos férteis e de aquíferos subterrâneos a deixar às gerações vindouras”, alerta hoje a Comissão Europeia em comunicado. De 1990 a 2000 perderam-se por dia na União Europeia 275 hectares de solos, o que representa mil quilómetros quadrados por ano. Metade desses solos está definitivamente impermeabilizada por edifícios, estradas e parques de estacionamento.
Esta tendência baixou para 252 hectares por dia nos últimos anos, segundo um relatório da Comissão apresentado hoje. Ainda assim, a taxa de perda de solos continua a ser preocupante. Entre 2000 e 2006, o aumento médio das superfícies artificiais na União Europeia foi de três por cento, tendo atingido 14 por cento na Irlanda e em Chipre e 15 por cento em Espanha.
Em Portugal, os autores do relatório sublinham que a expansão urbana massiva aconteceu, sobretudo a partir de 1990. O documento salienta a rede de estradas, “entre as mais densas da Europa, com o maior número de quilómetro por habitante e área”. As áreas mais afectadas pela impermeabilização ficam no litoral e nas regiões de Lisboa, Setúbal e Porto. No Algarve, o documento lembra que 30 por cento das habitações são casas de férias.
O relatório recomenda uma intervenção a três níveis: redução da impermeabilização do solo através de um melhor ordenamento, atenuação dos efeitos da impermeabilização – como por exemplo através da construção de coberturas verdes - e compensação da perda de solos de qualidade por acções noutras áreas.
“Dependemos dos solos para alguns serviços ecossistémicos fundamentais, sem os quais a vida na Terra desapareceria. Não podemos continuar a perder solos pavimentando-os ou construindo sobre eles. Tal não significa parar o crescimento económico ou deixar de melhorar as nossas infra-estruturas, mas exige maior sustentabilidade”, disse o comissário europeu para o Ambiente, Janez Potočnik.
Os resultados deste relatório serão incorporados num documento técnico da Comissão no domínio da impermeabilização do solo, que está a ser elaborado com a colaboração de peritos nacionais. O documento facultará às autoridades nacionais, regionais e locais orientações sobre boas práticas de redução da impermeabilização do solo e de atenuação dos seus efeitos, prevendo se que esteja concluído no início de 2012.
“A impermeabilização dos solos provoca a perda irreversível das funções biológicas do solo. Como a água não se pode infiltrar nem evaporar, aumenta a escorrência, originando por vezes inundações catastróficas. A paisagem fragmenta se e os habitats tornam-se demasiado pequenos ou demasiado isolados para sustentar determinadas espécies. Além disso, o potencial de produção alimentar das terras é perdido para sempre”, explica a Comissão. Segundo as estimativas do Centro Comum de Investigação da Comissão, a impermeabilização dos solos acarreta a perda anual de 4 milhões de toneladas de trigo.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1495505#
AINDA O ABATE DE LÓDÃOS NA RUA DONA ESTEFÂNIA...
E, se assim fôr, é o erário público a arcar com os custos dos abates e das replantações, fora o custo inerente á irresponsabilidade de uma obra, que destruíu património que era de todos?
terça-feira, 17 de maio de 2011
EUGÉNIO SALVADOR
Eugénio Salvador
Aqui, nesta fotografia, com o equipamento do Benfica, onde jogou como extremo esquerdo.
Na RTP, tributo a Eugénio Salvador:
http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=19395&e_id&c_id=9&dif=tv&sms_ss=facebook&at_xt=4dd266aa4ad6c669%2C0&country=&cache=1
quinta-feira, 12 de maio de 2011
AVENIDA DA REPÚBLICA Nº 25
Juiz-Conselheiro Alfredo José de Sousa
Considerando o resultado final, à vista de todos (3ª e 4ª fotos do anexo avrep25iiii), do projecto de alterações/ampliação/demolição executado no prédio sito na Avenida da República, nº 25, o qual, objectivamente, não corresponde nem ao projecto aprovado em 2005 nem à licença de construção aprovada em reunião de CML de Julho de 2008, mas antes a projectos de alterações submetidos à CML durante a execução da obra, e aprovados apenas por despacho do respectivo Vereador, e não em reunião de CML como nos parece teria sido o procedimento correcto em virtude do edifício em causa constar do Inventário Municipal do Património (código 23.56);
Considerando que as alterações verificadas durante a execução da obra, que pela nova estética e pelos novos materiais agora visíveis - ampliações laterais, e em altura, corridas a envidraçado e não em tijolo e cantaria como constava do projecto aprovado em 2005 e 2008 (ver 2ª foto do mesmo anexo) - , contrariam claramente os pareceres feitos na altura das aprovações de 2005 e 2008 pelo Igespar e pelo Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do PDM;
Considerando, finalmente, que todo o processo relativo a este edifício é de facto dúbio desde a sua génese (vide participação na sindicância da PGR aos serviços de urbanismo da CML em 2007);
Apresentamos queixa a V.Exa, Senhor Provedor, e aos serviços que tutela, com o desejo que a Provedoria de Justiça apure da legalidade e da transparência de todo o processo e que, no caso de se confirmarem as nossas objecções, proceda em conformidade, interpelando a CML a exigir junto do promotor, pelo menos, a reposição do projecto originalmente aprovado no que toca à estética e aos materiais verificados nas ampliações ora visíveis.
Segue junto informação que julgamos pertinente (anexos avrep25i e avrep25ii).
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Jorge Santos Silva, João Mineiro, Júlio Amorim e Luís Marques da Silva
terça-feira, 10 de maio de 2011
Família Real Portuguesa: S.A.R., DOM DUARTE OFERECEU AS ARMAS HISTÓRICAS DO...
ABATE DE ÁRVORES NA RUA DONA ESTEFÂNIA: PEDIDO DE ESCLARECIMENTO
No seguimento do abate recente de 63 lódãos de médio e grande porte na Rua Dona Estefânia e imediações, aparentemente em bom estado fitossanitário, ainda que inclinadas e potencialmente fragilizadas, por força das podas mal feitas no decorrer dos últimos anos, somos a reclamar a apresentação pública do relatório, imaginamos que detalhado, do Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida, que sustentou o abate de cada uma das 63 árvores.
O esclarecimento providenciado no site "Lisboa Verde" (http://lisboaverde.cm-lisboa.pt/index.php?id=3941&tx_ttnews[tt_news]=5960&tx_ttnews[backPid]=6812&cHash=cf54aa97b3), ainda que generoso, sobretudo se compararmos este abate com outros abates feitos num passado recente, não explica tudo.
Relembramos que é imperioso que a CML desenvolva e implemente um Regulamento claro e objectivo sobre os procedimentos de abate e substituição de árvores em Lisboa, mas que também defina claramente a intervenção do Laboratório Veríssimo de Almeida, as formas de poda, quem arranca os cotos, de onde vêm os novos especímenes e, sobretudo, a forma mais lesta e directa de sensibilização da opinião pública acerca das várias práticas, que desejamos boas, levadas a cabo pelos Espaços Verdes.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim e Pedro Janarra
Costa de Caparica... Mais betão.
Projecto de uma estrada que passará por cima de hortas e de campos da Costa de Caparica:
Numa altura em que devemos racionaliar os terrenos agrícolas, mais progresso deste género e nos moldes que todos já percebemos não servirem nem os intresses económicos nacionais nem a sustentabilidade do território?
Servirão estes terrenos o propósito de construir uma frente urbana de luxo, prolongamento da vulgarmente denominada "Avenida das Torres", projecto idealizado há mais de 40 anos e que foi sucessivamente posto de lado por encarnar o que de pior há em termos ecológicos e ambientais?
Neste momento voltou o interesse pelo projecto e o apetite especulador, mal disfarçado sob a capa de uma obra de cariz social, numa tentativa patética de diminuir o impacto na opinião pública, irá conseguir os seus propósitos?
Interesses e mais valias para quem?