sexta-feira, 5 de março de 2010

O BULLYING E O LEANDRO; UM CONTO INFANTIL

Todos sabemos que as crianças têm que ser educadas, porque a educação não é inata ao ser humano.
Todos sabemos, que o comportamento das crianças é muitas vezes alterado, levando a estados de indisciplina, quando em grupo ou quando estão sob a influência de algum amigo/a mais atrevidote. Estas situações, relativamente normais, fazem parte da natureza humana infantil ou pelo menos, de alguma dela.
O que não é normal é o comportamento passivo dos adultos:
A escola, deve exercer uma vigilância activa, muito para além da mera e passiva observação pontual dos alunos na sala de aula, devendo ser capaz de alertar os encarregados de educação a tomar medidas preventivas e adequadas a este tipo de situações.
Relativamente aos encarregados de educação, como aliás venho dizendo há muito tempo, não podem querer desresponsabilizar-se da educação que devem aos seus filhos, querendo que estes sejam educados pelos professores, delegando neles os seus lugares, até porque, a estes últimos, não são dadas actualmente as condições adequadas para o poderem fazer.
Portanto e para mim, são os pais/encarregados de educação, os responsáveis primeiros destas situações e, mais responsáveis ainda, são aqueles que acham poder fazer dos seus filhos uns Homens, incutindo-lhes o menosprezo pelo próximo, como uma das forma de brilhar neste mundo.
Mas também não deixo aqui de chamar a atenção, para alguns professores mais cobardolas que, para conseguirem dominar as turmas, vão achando piada a alguns "gozos" que alguns alunos fazem a outros, sendo assim colaborantes, ou pelo menos permissivos, no desencadear de situações deste tipo.
Relativamente a ti, pequeno Leandro, devias ser um menino bonzinho e educado e por isso mesmo, neste mundo cão, roubaram-te a alegria de ser criança e o gosto de bincar com outros que gostavam de ti.
Escolheste o caminho que mais fácil te pareceu, ou pelo menos, aquele que menos medo te meteu; por aquilo que tiveste coragem para fazer, nem imagino o pavor em que tu diáriamente vivias.
Leandro, ao menos que o teu triste exemplo, sirva para alguma coisa e que aproveite a outros meninos que, por esse país fora, vão sofrendo todos os dias, as crueldades dos seus iguais.
Fica também a esperança de que tenhas deixado para sempre, gravado na memória dos que te levaram a fazer o que fizeste, a tua imagem, o teu medo e a tua angústia:
Para que lhes sirva de exemplo.
Que pena, não teres tido nenhum adulto responsável ao teu lado que te explicasse e fizesse ver que, mesmo fragilizado pela tortura diária dos teus colegas e pela inércia dos adultos, que te deveriam de ter apoiado e salvo, poderias um dia mais tarde, ser alguém muito maior e melhor que todos eles.
Um grande abraço, querido Leandro.

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